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Músicos percorrem hospitais para alegrar a rotina dos pacientes
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O palco do Grupo Saracura não tem cortinas nem coxias. As performances são livres de efeitos especiais e o público costuma trajar camisola. Diariamente, essa equipe de músicos vestindo jalecos coloridos entoa de cantigas regionais a chorinhos em hospitais da cidade. “A proposta é humanizar a rotina dos pacientes e de seus familiares”, afirma Gabriel Corrêa, um dos fundadores do projeto ao lado de Felipe Glebocki e dos irmãos Mariana e Daniel Zacharias. Nos últimos cinco anos, foram realizadas 2 400 visitas a doze instituições, entre elas Beneficência Portuguesa, Graac e Santa Casa.

Quase 150 000 pessoas receberam atendimento. Esse número deve crescer ainda mais em 2016. A trupe acaba de firmar uma parceria com a Notre Dame Intermédica, que possui onze hospitais no estado. Ela começará a atividade no Sacre Coeur, na Consolação, um dos endereços da rede por aqui. Se der certo, poderá seguir para as outras unidades.

Munidos de violão, sanfona, flauta e até harpa, catorze profissionais (todos formados em faculdade e conservatório) dividem-se em duplas a fim de animar crianças e adultos em quartos, prontos-socorros e UTIs. A coleção de experiências emocionantes é enorme. “Certa vez, uma adolescente acordou do coma enquanto tocávamos uma de suas músicas preferidas,  Fico Assim sem Você”, lembra Corrêa. Em outra ocasião, um menino internado havia um ano já sabia o repertório completo. O conjunto precisou, então, ensaiar novas músicas só para ele.

O Saracura começou o trabalho de maneira informal, em 2003, no Hospital Infantil Sabará, em Higienópolis. Em 2010, organizou-se como empresa. Diferentemente de outros projetos do gênero, não se trata de uma ONG, e seus integrantes são funcionários remunerados. No ano passado, a manutenção da iniciativa exigiu um orçamento médio de 30 000 reais por mês. O negócio se sustenta a partir de contratos com entidades privadas e doações de pessoas físicas e jurídicas (informações pelo site www.gruposaracura.com.br).

Para integrar o time, é preciso encarar um rigoroso processo seletivo de até seis meses. Os interessados devem saber lidar com o público e exibir excelência musical. Os escolhidos recebem treinamento teórico e realizam visitas de observação antes de pôr a mão na massa. Iniciada em setembro, a turma mais recente reuniu 100 inscritos, dos quais apenas nove serão contratados.

 

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